Renascença Germânica

27/09/2010 10:58

1. Holbein

Nascido em Augsburgo, em 1497 Holbein era filho de pintor. Ainda hoje é considerado como o temperamento mais clássico da pintura alemã. Homem ilustrado, amigo de Erasmo, de quem faz vários retratos, grande parte da sua carreira desenvolve-se na corte inglesa. Além disso, reside em França, Itália e Suíça. A partir de 1532 leva uma brilhante vida em Londres como retratista oficial da corte.     

O seu quadro A Virgem do Burgomestre Meyer revela uma concepção da pintura poderosamente renascentista. Mas Holbein destaca-se sobretudo como retratista de solidez plástica e desenho vigoroso: Os Embaixadores, O Comerciante Gisze, Henrique VIII. O Retrato do Príncipe de Gales, retrato infantil, é um precedente deste género, de notável desenvolvimento na pintura inglesa. O seu estilo, de grande precisão, caracteriza-se por um modelado pouco acentuado mas flexível e vigoroso, capaz de dar vida a toda a superfície rigorosamente delimitada. É também autor de belíssimos desenhos de penetrante psicologia.

 

Holbein falesceu em Londres, no ano de 1543.

 

 

2. Dürer

Albrecht Dürer viveu entre 1471 e 1528 e foi a figura central da renascença alemã. Estudou com o seu pai, um ourives húngaro que emigrou para a Alemanha, e em 1486 começou a pintar. Tornou-se aprendiz do pintor Michael Wolgumut com quem iniciou os seus trabalhos de gravura em madeira e cobre. Dürer inspirou-se nos trabalhos dos pintores dos dois maiores centros artísticos europeus (Itália e Holanda), mas sendo muito mais inovador. A partir de 1940 Dürer viajou bastante para estudar, passando nomeadamente por Itália e Antuérpia.

As suas jornadas permitiram-lhe fundir as tradições góticas do Norte com a utilização da perspectiva dos italianos.  Começa aqui o seu interesse pela matemática afirmando que "a nova arte deverá basear-se na ciência - em particular na matemática, como a mais exata, lógica e impressionantemente construtiva das ciências".  

A partir de certa altura, a arte de Dürer, mostra a influência de teorias matemáticas, tais como a da proporção. Relativamente à gravura «Adão e Eva», Dürer descreveu as intrincadas construções de régua e compasso que ele fez para construir as figuras. O artista, expressou as suas teorias da proporção no livro "The Four Books on Human Proportions", publicado em 1528. Mas não foi só a teoria da proporção que influenciou os seus trabalhos artísticos, também a sua mestria em perspectiva conquistada através do estudo da geometria foi de grande importância.

Durante os dez anos após 1496, Dürer passou de um artista relativamente desconhecido para alguém com uma ampla reputação como artista e como matemático. Dürer continuava interessado em aprender com os italianos, mas desta vez não no domínio das artes, mas sim no domínio da matemática. Visitou Luca Pacioli, Jacopo de Barbari e achou que deveria aprofundar ainda mais o seu conhecimento matemático.