Renascimento
A expressão “RENASCIMENTO” surgiu no século XVI, época em que se menosprezou a Idade Média e se explorou a Antiguidade.
Surgido em Florença, por volta de 1400, o Renascimento se estendeu a Roma e Veneza. E em 1500 ao resto da Europa (Alemanha, França, Espanha e Inglaterra), num movimento conhecido como Renascença do Norte.
Alguns elementos que resumem o Renascimento foram:
§ Redescoberta da arte e da literatura da Grécia e de Roma;
§ Estudo científico do corpo humano e do mundo natural;
§ Intenção de reproduzir com realismo as formas da natureza.
A exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamaram a confiança no homem e, ao mesmo tempo, a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo foi substituído pelo estudo do ser humano.
Nas Artes, podemos resumir o Renascimento em quatro grandes patamares:
1. Óleo sobre tela: a pintura a têmpera, em painéis de madeira, e afrescos, em paredes de alvenaria, mudou para a pintura a óleo em telas esticadas. Minerais moídos, resultando em pó, misturado a terebentina e aplicado sobre a tela. O aumento das opções de cores permitia aos pintores representar texturas e similar formas em três dimensões.
2. Perspectiva: uma das descobertas mais significativas da história da arte foi o método de criar a ilusão de profundidade numa superfície plana, chamado “perspectiva”, que veio a ser a base da pintura européia nos quinhentos anos seguintes. A perspectiva linear cria o efeito ótico dos objetos se alinhando conforme a distância por meio de linhas convergentes para um único ponto no quadro, chamado “ponto de fuga”. Os pintores reduziam o tamanho dos objetos e apagavam as cores ou borravam detalhes à medida que os objetos ficavam mais afastados.
3. Luz e sombra: Chiaroscuro (quiaroscuro) – nova técnica para modelar formas em que as partes mais claras parecem emergir das áreas mais escuras, produzindo na superfície plana, a ilusão de um relevo escultural.
4. Configuração piramidal: os rígidos retratos em perfil e o agrupamento de figuras numa grade horizontal no primeiro plano da pintura deram lugar a uma “configuração piramidal”, mais tridimensional. Essa composição simétrica alcança o clímax no centro.
Outra característica importante do Renascimento, para a Arte, foi o surgimento do artista com um estilo pessoal.
As conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas.
E foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de focos de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento.